O reaproveitamento de materiais que, de outra forma, seriam descartados na natureza é fundamental para que possamos construir um futuro sustentável. Um processo que envolve, além de mudanças nas cadeias produtivas e na economia como um todo, toda uma reeducação da sociedade – algo que, felizmente, já está começando a acontecer em boa parte do mundo. A partir de hoje, postaremos aqui no blog da OXMA uma série de matérias sobre a reciclagem de materiais com os quais todos nós lidamos em nosso cotidiano, em nossas casas. E começamos com um dos mais presentes em nossas vidas – e que pode também ser dos mais danosos ao meio ambiente, se tratado de forma errada –, o plástico.
Ao longo dos últimos 30 ou 40 anos, o plástico passou a ser provavelmente o material mais presente em nossas vidas. Para confirmar, basta você tirar os olhos desta tela por alguns segundos e olhar à sua volta. É quase impossível que não possa identificar, sem muito esforço, pelo menos cinco coisas em que ele esteja presente – a começar por seu computador ou smartfone. Versátil, resistente, flexível, abundante e comparativamente mais barato que outras matérias-primas, ele está literalmente em toda parte. E, mesmo quando o produto em si não é de matéria plástica, é quase certo que sua embalagem seja feita desse material.
O problema é que, justamente por algumas de suas características, quando descartado incorretamente, o plástico pode também se transformar em um grande vilão ambiental, contaminando o solo e os oceanos – segundo o Instituto Oceanográfico da USP, em 2018, 95% do lixo encontrado nas praias brasileiras era composto de matéria plástica. E o pior é que, no meio ambiente, ele leva até 400 anos para ser eliminado. Por outro lado, embora nem todo tipo de plástico possa ser reprocessado, a maior parte dele pode. Com a reciclagem, não só evitamos os danos à natureza, como geramos matéria-prima para novos produtos e movimentamos toda uma cadeia de produção, que gera renda para muita gente.
O que e como reciclar
Os plásticos são divididos em dois grupos básicos, e o primeiro é o dos termoplásticos, que amolecem quando são aquecidos e podem ser moldados, ficando sólidos novamente, em um novo formato, quando esfriam. Eles podem ser totalmente reciclados.
O segundo é o dos termorrígidos, que não têm essa propriedade e que não podem passar por reciclagem.
Felizmente, mais de 80% dos produtos de matéria plástica que mais utilizamos em nosso dia a dia são do primeiro grupo, do qual fazem parte, por exemplo, garrafas PET, o PVC e o polietileno de alta e de baixa densidade, entre outros. São eles que estão em praticamente todas as embalagens, garrafas, sacolas e materiais descartáveis que usamos.
O processo de reciclagem do plástico começa com a separação – e, sim, esta é a parte da história em que você entra. Em casa, guarde todos esses materiais em uma caixa, latão ou saco separado para isso. Se morar em um condomínio que conta com sistema de coleta seletiva de lixo, encaminhe o que separou para que seja entregue ao catador ou empresa responsável pela coleta. Se vive em uma casa, informe-se sobre a coleta em sua rua.
Nos centros de reciclagem, esse material será separado de acordo com suas características, moído, lavado e, por meio de um processo que pode ser químico ou térmico (com calor), transformado novamente em matéria-prima. Essa matéria-prima seguirá para empresas e será utilizada na fabricação de produtos – como, por exemplo, novas embalagens, tecidos, vassouras, brinquedos e uma infinidade de outras coisas.
Como dá para perceber, não reciclar o plástico, além de todos os problemas ambientais que pode acarretar, é um tremendo desperdício.
Fontes:
Como reciclar mais plásticos
Reciclagem de plástico: conheça o processo
Reciclagem do plástico: qual a importância e em que se transforma o material reciclado?
Reciclagem, reutilização e substituição dos plásticos
