A COP26, vigésima sexta edição da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas que terminou neste último dia 13/11, em Glasgow, Escócia, esteve cercada de grandes expectativas em relação à medidas para reduzir as causas do aquecimento global. Confira a seguir algumas das principais decisões tomadas.
O principal foco da conferência, refletido nos compromissos assumidos, é tentar fazer com que o aquecimento global seja limitado a até 1, 5°C neste século, como definido no Acordo de Paris. Nesse sentido, seu texto final diz que, até 2030, é preciso reduzir globalmente as atuais emissões de CO2 em 45%, estabelecendo o ano de 2050 como prazo final para a neutralidade dessas emissões.
Para isso, exige que as nações signatárias apresentem já em 2022 seus novos compromissos de redução nos gases causadores do efeito estufa. Por outro lado, por pressão política, a exigência de que o carvão seja gradualmente abandonado como fonte energética (ele ainda é usado em grande escala por países como Índia, China e os EUA), foi substituída pelo comprometimento das nações em apenas reduzir seu uso.
O mesmo aconteceu em relação aos subsídios dados à prospecção e produção de combustíveis fósseis que, esperava-se, tivessem seus dias contados.
Um avanço festejado da COP26 foi a regulamentação dos instrumentos de mercado que vão facilitar as ações para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Entre estes, está o comércio estruturado de créditos de carbono entre as nações, que deve ser estabelecido em breve.
Outras fontes para os investimentos na redução de emissões, porém, não foram formalmente estabelecidas. Se em 2009, os países mais ricos haviam se comprometido chegar a 2020 aplicando cerca de US$ 100 bilhões anuais com esse objetivo, em Glasgow, o que se assistiu foi uma confissão de que essa cifra não foi atingida. Com isso, a meta foi postergada para 2025.
Os maiores bancos do mundo firmaram um compromisso para que seus futuros financiamentos estejam alinhados à meta de emissão zero (net Zero) até o final desta década, se comprometendo, também, com a transparência nesse processo.
Era ainda esperado que fosse definido um modo mais efetivo para que os países que estão mais sujeitos aos efeitos das mudanças no clima pudessem ser compensados, mas isso tampouco foi para o papel.
Entende-se que muitas das frustrações e adiamentos tenham ocorrido em função da retração econômica global, provocada pela pandemia de Covid 19. A convergência das nações quanto a urgência das medidas, no entanto, reforça a tendência de que as promessas sejam efetivamente cumpridas nos próximos anos.
Leia aqui duas diferentes análises dos resultados concretos da COP26:
Site Clima Info (especializado no assunto “Mudanças Climáticas”)
https://climainfo.org.br/2021/11/13/cop26-encerrada/
Portal BBC News Brasil
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-59274397
Outros links: Acordo de Paris
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_de_Paris_(2015)
