Reciclagem de metais
14 fev, 2022
OXMA
Reciclagem de metais

Usados pelo homem desde, pelo menos, 3 mil A.C. (antes de Cristo), os metais são muito presentes em nossas vidas. De uma simples latinha de refrigerante, aos aviões que unem continentes – ou até sondas espaciais, que cruzam a galáxia –, eles estão em toda parte. Para produzi-los, pagamos um custo que vai bem além do meramente financeiro, pois todos partem de matérias-primas que precisam ser extraídas da natureza, geralmente em operações que envolvem grandes intervenções no meio ambiente. A boa notícia é que, em grande parte, o metal utilizado nos mais diversos produtos pode ser reciclado, voltando a um estado em que será empregado para a fabricação de novos produtos. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse assunto?

Para começo de conversa, vale explicar que os metais são divididos em dois grupos. O primeiro é o dos ferrosos, basicamente o ferro e o aço. O segundo é formado pelos não-ferrosos, com alumínio, cobre, chumbo, níquel e zinco e as ligas que combinam dois ou mais deles, como latão e bronze. De um modo geral, os mais procurados para reciclagem são os não-ferrosos, porque têm um valor mais alto no mercado, mas o ferro e o aço também são processados.

Chamamos os restos de metais, de peças, embalagens ou obtidos a partir de máquinas e outros equipamentos e produtos desmontados de sucata. Veja a seguir alguns tipos de metais e seus usos mais comuns:

Os ferrosos
Ferro – usado em ferramentas, utensílios domésticos, componentes de automóveis e outras máquinas, estruturas de construções (com o concreto armado), latas e embalagens.
Aço – carrocerias e carcaças de automóveis, navios, máquinas e eletrodomésticos; revestimento de móveis, imóveis e equipamentos, utensílios e instrumentos de precisão.

Os não-ferrosos
Alumínio – latas de bebidas, panelas e outros utensílios domésticos, esquadrias, componentes para automóveis, aviões e outras máquinas.
Cobre – fios e cabos para transmissão de eletricidade, encanamentos, revestimentos, objetos de decoração.
Chumbo – baterias de carros, isolamento contra radiação, munição, soldas, lastros.
Níquel – moedas, utensílios, baterias para equipamentos eletrônicos, como componente do aço inoxidável, revestimentos anticorrosivos.
Zinco – Telhas, baterias, ligas metálicas, pigmentos e aditivos.

Além de diminuir a necessidade de extração de minérios, outra vantagem da reciclagem de metais está na economia de energia. No caso do alumínio, por exemplo, essa economia chega a 95%! Gasta-se, também, menos água e reduz-se as emissões de gases do efeito estufa como um todo. Além disso, o processo de produção de matéria-prima a partir de sucata é, em geral, comparativamente mais curto e mais rápido do que o que utiliza minério, pois já se parte de materiais mais puros e processados.

Como os demais processos de reciclagem, toda a cadeia de recolhimento, processamento e reaproveitamento de metais gera uma grande quantidade de empregos.

No Brasil, os metais são provavelmente o tipo de material que já é reciclado há mais tempo. Também por isso, estima-se que 65% do ferro e 30% do aço utilizado hoje por nossa indústria venha de reciclagem. O maior aproveitamento, porém, é o do alumínio e, em especial, das latinhas. Nosso país é o que mais recicla esse tipo de produto em todo mundo, com cerca de 98% de aproveitamento.

O que é reciclável e o que não é

Como você já leu em outro post aqui no blog, materiais que sofrem contaminação com tintas e outros produtos químicos tóxicos, ou que precisariam passar por processos muito caros para poderem ser reutilizados, não podem ser reciclados. No caso dos metais, acontece o mesmo. Coisas como latas de tintas, de combustíveis e lubrificantes, pilhas, clipes, grampos e esponjas de aço devem ser separados e serão depositados em aterros e locais especiais.

Mas latas de alumínio e de aço, tampas, ferragens de todos os tipos, canos, esquadrias e peças podem – e devem – ser encaminhados para reciclagem através da coleta seletiva de lixo por catadores, empresas e cooperativas.

No caso de eletrodomésticos ou outros equipamentos mais sofisticados, que têm metais entre seus componentes, estrutura e gabinetes (caso de geladeiras e máquinas de lavar, por exemplo), o mais comum é encaminhá-los inteiros para que sejam desmontados, também, por empresas e cooperativas.

Como é feito

O material é separado por tipo – uma da forma de retirar os ferrosos, por exemplo, é usar ímãs. Em seguida, cada tipo de material é processado separadamente, podendo ser triturado e, depois, fundido (derretido), limpo e transformado em matéria-prima. O alumínio, por exemplo, pode ser comercializado em barras ou folhas, formas com que é mais utilizado na indústria para a fabricação de novos produtos.

Fontes:
Entenda por que a reciclagem de metais deve ir além das latas de alumínio
Qual é o processo de reciclagem do metal?
Metal: história, composição, tipos, produção e reciclagem
O domínio de metais como o ferro, o bronze e o cobre caracterizam esse período
Reciclagem de eletrodomésticos

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